A região norte polariza a produção musical do estado. Bandas e mais bandas buscam a profissionalização, mesmo que em um estágio embrionário, porém profissionalizam-se. E esse é o fato que importa! Se os trabalhos serão primores de qualidade e crítica, já é assunto para outra discussão e o fato de estarmos trabalhando para mostrar a nossa música, do nosso jeito, com as nossas influências é que demonstra a maturidade e sobriedade das pessoas daqui.
Acompanho diariamente diversos blogs, colunas e elementos afins de comunicação. Boa parte deles fala das notícias do estado, por querer conhecer o que se passar em nossa terra. Bairrismo meu? Com certeza, mas isso não é desrespeito à música alheia, é apenas um sentimento de libertação desta “colonização” musical que “sofremos” e ora nos foi imposta. É tempo de mudança, ao meu ver...
Para quem assim como eu acompanha os blogs Orelhada, Blog do Marquinhosvê e sente o burburinho que envolve os temas relacionados à produção e divulgação dos trabalhos barriga-verdes. É tempo de sermos a mudança que desejamos e a nomeação do triunvirato: Guilherme Zimmer (Cassim & Barbária, Ambervisions, Insecta), Jean Mafra (Samambaia Sound Club) e Alexei Leão (Stormental) como delegados catarinenses junto a pré-conferência setorial de música, que o Ministério da Cultura irá realizar no dia 28/01. São todos da capital do estado, porém, belas palavras foram proferidas em respeito e defesa dos sinceros anseios dos três empenhados senhores.
A frase de Rubens Herbst, ao fechar seu post sobre o assunto revela claramente o sentimento e evidencia o momento que vivemos. Quando diz: “É um longo trajeto realmente, mas se pensarmos que até 5 anos atrás não tínhamos nem começado a andar...”, eu sinto a esperança e os bons ares da mudança presentes no horizonte de nossas terras. Pela primeira vez, teremos voz junto as decisões maiorais da música produzida no nosso amado Brasil. Um bom tempo para se iniciar, eu penso!
E uma proposta interessante nasce em Florianópolis, com a criação da “Associação de Bandas de Florianópolis”, que visa unificar e fortalecer a cena tão evidente e puljante da capital catarinense. Lembro-me de Rafael Zimath (Alva) comentar algo no Orelhada, e isto só corrobora a sua opinião. Já que em Floripa vai acontecer, por que aqui não? Mas teríamos que pensar em uma associação ampla, livre de preconceitos e de sentimentos puros, na divulgação do trabalho joinvillense.
Acredito que para acontecer, é necessário que exista respeito. Ou melhor, muito respeito, pois precisamos co-existir em meio ao caos e a desordem de interesses pessoais. Acredito na premissa: “Ninguém é melhor que ninguém!” Se hoje uma banda da cidade é grande, é por que um dia foi pequena e precisou de ajuda. Se cresceu por méritos próprios, ótimo, mas ser ajudado não desmerece a caminhada nem deturpa o que se faz! Bandas pequenas e inexperientes devem ser respeitadas da mesma forma como são as gigantes da cidade.
Será necessário trabalhar em equipe, colocar de lado desejos individuais e visões simplistas e corrompidas pelas experiências próprias. Será um árduo trabalho, porém plenamente possível!
É. Para quem reclamava que Joinville se omitia junto ao rock do estado está aqui a prova do contrário! Seremos grandes, senhores. Seremos grandes e veremos grandes espetáculos em 2010 e nos anos seguintes.
Trailer da música "Saudade do Futuro", de CD homônimo da banda joinvillense Alva. Um dos melhores álbuns de rock do ano, no Brasil!
Rabiscos Coloridos - Ursulla, grande álbum desta banda que se dissolveu recentemente (infelizmente).
Abraço
Macarraum
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